Impactos do uso de telas para acalmar crianças

16/05/2025 às 08h39

Karen Kowalski- Psicóloga- CRP 07/08539

Karen Kowalski- Psicóloga- CRP 07/08539

Psicóloga formada pela UlbraPós graduação em Avaliação Psicológica (IPOG) e Comportamento Alimentar (IPGS

Impactos do uso de telas para acalmar crianças
Impactos do uso de telas para acalmar crianças

 

Embora esta prática proporcione alívio imediato, pesquisas indicam que ela pode prejudicar o desenvolvimento emocional infantil a longo prazo.

Dar um celular para acalmar uma birra pode parecer inofensivo, mas a tecnologia não pode substituir a aprendizagem de lidar com frustrações.

O uso excessivo de telas para distração pode prejudicar a habilidade das crianças de reconhecer e expressar sentimentos. Em vez de aprenderem a lidar com a frustração, elas se acostumam a buscar um alívio imediato nos eletrônicos. Ela passa a depender do estímulo externo para se autorregular.

A exposição frequente a estímulos rápidos e intensos das telas pode afetar a capacidade de concentração e atenção da criança em atividades do dia a dia.

Crianças pequenas que passam muito tempo em frente às telas podem ter menos interações verbais com adultos e pares, o que prejudica o desenvolvimento da linguagem e habilidades sociais.

O desfio não é proibir, mas ensinar alternativas saudáveis para regular as emoções.

Não podemos esquecer que também temos IMPACTOS POSITIVOS quando bem utilizados:

- Uso moderado e supervisionado pode ser educativo: aplicativos e programas de qualidade, usados com mediação de um adulto, podem promover aprendizado e desenvolver vocabulário.

- Ajuda em momentos pontuais: em situações específicas e controladas (como viagens longas ou momentos de estresse intenso), o uso da tela pode ser uma ferramenta válida, desde que não vire hábito.

- Interação mediada com adultos: assistir junto, conversar sobre o conteúdo e fazer perguntas.

IMPORTANTE: fazer com que as crianças priorizem as brincadeiras ao ar livre, contato com a natureza, leitura com adultos e convívio social.