Municípios do Vale do Caí reforçam alerta sobre síndromes respiratórias em crianças e recebem apoio do Estado

Com o aumento expressivo de casos de síndromes respiratórias entre crianças no Vale do Caí, municípios como São José do Sul e Salvador do Sul emitiram notas orientando pais e responsáveis a não enviarem seus filhos às escolas quando apresentarem sintomas gripais ou infecciosos. A medida visa conter a disseminação de doenças no ambiente escolar e proteger a saúde coletiva.
Entre os sintomas que requerem atenção estão febre acima de 37,8°C, tosse intensa ou com secreção, dor de garganta, vômito ou diarreia, olhos vermelhos ou com secreção, manchas ou bolhas avermelhadas no corpo e cansaço excessivo ou prostração. Mesmo crianças medicadas podem continuar transmitindo vírus e bactérias, representando risco para colegas, professores e demais profissionais da escola.
Diante do cenário preocupante, o Governo do Estado do Rio Grande do Sul decretou emergência em saúde pública com foco na prevenção e enfrentamento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente em crianças.

A medida, válida por 120 dias, busca reforçar a estrutura da rede hospitalar, com a preparação de leitos de UTI e ampliação do suporte ventilatório.
Segundo a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, a decisão visa fortalecer a rede hospitalar com preparação e suporte ventilatório. A medida foi adotada diante do aumento expressivo de casos e da demanda nos serviços de emergência, com filas de espera, o que representa elevado risco à população.
A Secretaria Estadual da Saúde também anunciou um investimento de R$ 20,8 milhões na Operação Inverno Gaúcho, destinados à Atenção Primária e às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), para reforçar a assistência à saúde nos municípios.

A Secretaria Estadual da Saúde recomenda que indivíduos com síndrome gripal permaneçam em casa durante os 7 dias após o início dos sintomas ou até 24 horas após cessar a febre, para diminuir a transmissão da gripe.
A vacinação contra a gripe está liberada e disponível em todas as unidades de saúde para crianças e adolescentes. A imunização é uma das principais formas de prevenção e pode ajudar a reduzir a gravidade e a incidência de complicações respiratórias.

Com a chegada do inverno, autoridades de saúde pedem que a comunidade escolar redobre os cuidados, adotando medidas simples que fazem grande diferença na proteção coletiva.